domingo, 7 de agosto de 2011

Pessoa


Este sol inútil de não tê-lo,

Em sua órbita própria ilumescente ,

Propriamente minha sina de invejá-lo,

Indecente.

Sinto falta de mim no chão que não pisarei,

este chão que prescinde do meu peso,

torrão que navega em sua sombra,

este espaço vasto por me não conter

a ilusão de pensá-lo encharcado de meu corpo...

Ai, e a dor inútil destas coisas todas,

ah, Fernando! A dor fingida...

A dor fingida que me dá solidez!

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