terça-feira, 21 de agosto de 2012

Planeta Vênus


Te busco noite a dentro, meu amor, quentura do meu lençol,
calor da minha pele que transborda, e me acorda todas as fibras.

Ternura que aflora e se incendeia, me entrego ao sol,
e às minhas veias, no que há de vir, ao mar~a~mar...

Procuro o chão onde meus pés tem asas,
quero voar, e és tu quem surge, cavalgando Pégaso.
Eu, sílfide, pousada em tua pele.

Ai, sereno que transpira verde, cobrindo a noite,
escuridão que se rende à luz nascente,
ai, estrelas que se põem além dos olhos,
tragadas pela boca do horizonte...

Cheiro de capim ao sol, ai de mim,
que fico assim, um nada,
diante do azul, onde teus olhos vão!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Gaúcho virtual

wilmarx‑sanduiche‑deuprati.jpg
opolegarvermelho.wordpress.com

Quando verdeja a colina, dos meus olhos a menina,
se acendem todos meus bips, tal estrelas do meu pago,
afago da querência que não tem computa’dor.
Pois dor lá não tem paragem, porque a aragem dos pampas
cura as tantas feridas de um bravo luta’dor.

De Internet e mundo virtual sabe o valente bagual,
mas nas patas campo a fora resfolegando na aurora.
Corcoveia em altos megas, debaixo do meu controle
que nada tem de remoto, porque ao meu Criador devoto
este chão onde nasci.

Em rede social não me enredo, meu Cruz Credo me solta,
dou volta nas boleadeiras pra laçar o animal!
Sou gaúcho virtual num talho de faconaço,
que de aço reverbera nas eras do meu amor,
e só compartilho prenda, no gatilho da minha bala,
que debaixo do meu pala curte o amor digital.

E se um metido a valente, me aparece de repente,
Juro, lhe quebro os dente, e, acredite, isto é um fato:
Boto o tal do coitadinho a ser lanhado todinho
Pelas patas de um rato!