A vida, comprimida numa cápsula,
não pode ser engolida inteira,
tem de ser mastigada,
digerida aos poucos
em porções de dias,
meses,
anos,
segundo a garganta de cada um.
Não sei do último copo,
nem sabes do último quinhão.
A vida vem de pouco a pouco
e, de repente,
pode ser no próximo segundo,
engole-se o fim.
Ai de mim que observo inocente
o desfile dessas minúsculas coisas,
mesquinharias do dia-a-dia,
do passo-a-passo
que me tornam velha.
O abraço mortal do tempo
que me estrangula
a gula de viver.
Voem os sonhos livres
ResponderExcluirnos céus da imaginação
onde se possa ser pássaro ou flor.
Fique o amor em vez da dor.
A esperança que renasce criança.
Toquem os sinos
em campanários de outrora.
Brilhe o sol anunciando a aurora.
Dissipem-se as sombras
na luz mais brilhante
do raiar de um novo ano.
Armem-se os espíritos de coragem.
Na voragem do tempo
tudo vai recomeçar.
É hora de plantar
na nova estação da vida.
Adooro esta poesia, resume toda nossa existencia, seempre sempre atual, adorei o post, adorei o visual!!! bjs, vai em frente
ResponderExcluirObrigada. Também gosto deste poema, pois sinto bem a dificuldade que se tem de "engolir" certas coisas, e o quanto isto é inexorável. E o tempo é infalível e às vezes implacável!
ResponderExcluirbjs
Sr (a) anônimo (a):
ResponderExcluirObrigada pelas palavras de inssentivo à esperança. É o que me move: esperança, desejo de ser alguém para alguém, algo para algo, e um dia encontrar a LUZ!
abçs
Parabéns Irene!!! Muito bem escrito! Gostei do assunto abordado.
ResponderExcluirGabriel.